quinta-feira, 29 de janeiro de 2009


Desordem

Se meus olhos abrirem mais cedo
Que a retina dos sonhos doentios e pálidos
Contarei a você os dramas da madrugada vívida
Num compasso sorrateiro, desonesto, pouco sólido.
Nessa vida humana, ingrata.
O clássico multicolor do desequilíbrio mental
Que cheira a mofo por andar condensado...
Pela brecha, a vasta solidão.
O baralho de sentimentos.

Pensamentos privados na imensidão do cálice
Inerte!
Incoerentemente os traços entrelaçados
Organizam-se numa desordem pragmática!
A saudade é desonesta no cenário horizontal.
Os sentimentos perdem pureza
Em atitudes pouco calculadas, ou desordenadamente!
Tensões prévias subtraem o glamour do doce amor

Ingrato!
O sentir mais pleno absorto!




Caroline Viana
Janeiro/2009

terça-feira, 6 de janeiro de 2009


Submissão

Sem proteção, sinto- assim
Sem ação protegida:Sim!

No silêncio gritante
Do abismo que arde
Coração bate apenas
Em ritmo de vida
Submissa:
Ao desfalecer covarde!

A ovelha desgovernada
Branca por ironia
Negra por escolha
Certeira e sucinta!
Odiada telepaticamente.

Gritos agudos
Da dor que fere a veia
...incolor!
A mesma , única...
Inexorável!

União falseada
De forma caótica
Trapos dum amor
De gratidão
Ficaram...

Mágoas do intorcível
Desgosto,
Assombram meu presente
Com lucidez patética
Vívidos escombros
Assumem minha parte :
Demasiada Humana!

Caroline Viana
22/Dez/08