segunda-feira, 1 de setembro de 2008


Menina brejeira,você conhece a amargura da seca.E de onde vem esse olhar faceiro?

Oh,menina campestre...você conhece bem o pó,a terra,a poeira.

Que brilhos são esses que nos teus olhos flamejam?

Que água é essa que da sua boca escorree percorre teu corpo fazendo os fazendeiros se morderem de desejos?Menina...oh,menina!Seu corpo vive a atrair olhares dos mais diversos aos mais perversos.

Você não conhece ainda a dor de um pecado!

Brejeira,você ainda rodeia os peões maliciosos que apartam o gado.

Você pensa em brincar de faz de conta,mas você desconhece

a maldade do mundo...Sua maldade reside apenas em atos de censura,

atos que provocam...e por fim prova...do desejo mais louco de se despir

de um vestido quase infantil,que a sua mãe pensa ainda ser o mais lindo

que te deixa com aparência de boneca.Sua mãe não sabe que o que você

quer é se livrar de tanto pano e mostrar suas belas curvas.

Você prova agora dos delírios o mais louco!

Nas águas turvas de um bebedouro de gado você mergulha pra fazer

grudar nesse corpo o lindo vestido branco por ora desfigurado.

Já não existe mais peão,nem fazendeiro e nem moça do campo.

Existe agora uma transição repleta de seres nus a se enroscarem.

A mocinha virgem se foi,a inocência acabou e as malícias dos

machos se tornaram atos concretos e de excitação repletos.


04/Novembro/07

Um comentário:

um inquieto. disse...

menina brejeira.
Simples. E fatal. =]

Morena Rosa, Carol, enfim. Parabéns!
Texto comm gosto de corpo. ;)