Uma dor cortante escandaliza minha embriaguez
Ato promíscuo capaz de me roubar à sobriedade
Um cenário excitante e convidativo isento de sensatez
Faz-me idolatrar vertiginosos deuses com intensidade
Já não distingo mais os sabores,tudo amargo me parece
Sou um ser hipnotizado em negligências atrevidas
Mas persistem vertigens agonizantes – a loucura perece
Divirto-me com cores de tão chulas bebidas
Horas atrás,de boa moça fiz papel
Sou uma obsessiva imprudente numa parte prática
As mocinhas possuem suas insanidades e tiram o véu
Que me perdoe essa sociedade extremamente burocrática
É presumível que eu passe a amar a dor
Já nem sei mais o que proclamo
Uma masoquista infiel a juras de amor
Sou faminta de angústias,já nem sei mais o que amo
Um marasmo permanente é a mim insinuado
Vultos internos afloram uma certa voluptuosidade
Um torpor qualificativo torna-se extenuado
Fim de noite nebuloso em sua vulnerabilidade.
05/Agosto/07
o homem que agora tinha 27
Há 9 anos
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