terça-feira, 5 de agosto de 2008

Vício

Eu jurei idolatrar o vício!
Já me sinto viciada.
Uma eterna viciada...
Sou uma esquizofrênica que suga os prazeres ferozes e vulgares.
Efêmera dor abstraída
Dor com gosto de pecado
Sabor amargo associado a veneno.
O veneno da minha insensatez.
Sensata insensatez inexata!
Vou ludibriar os resquícios de bondade
Eles estão debilitados.
Rupturas inescrutáveis marcam meu ser.
Chamam -me de irreverente,implacável,inexpugnável...
Maldita raça humana com necessidade de definir pessoas.
Eu sou como escolhi ser!
Tenho desejo pela notação das faces
Eu tenho ódio desse mundo mascarado que se faz perene.
Sinto aversão à bondade.
Isso não é real!
Queria mesmo era o silêncio absoluto e não-abstrato do mundo!
Queria que ecoasse a voz da verdade.
Verdade da cólera mundana.
Uma hemorragia de rancores jamais estancada!
Um mundo falseado,dissimulado que tem a mentira como uma deusa.
Ah,mundo hipócrita!
Detesto as regras mundanas.
Não as cumpro normalmente...
Eu quero gritar o desamor!
Desamor...dissabor!
Sou viciada em ser contra.
Sou viciada em “meu mundo”...
Esqueçam-me!
Nada tenho a lhes oferecer.
Quero ver teu mundo esbarrondando-se!
Nasci na era errada.
Ainda assim sou viciada.
Sigo minha estrada
...
Estrada do vício!


22/Setembro/07

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