Entre bebidas e fumaça
Uma vaga luz clama ao fundo
Sobre incógnitas você me traça
E na congruência da alma me inundo
As palavras são poucas
os olhos que conversam
Sussurro numa voz rouca
versos que despertam
Serei eu, porque quero que seja
Mesmo no ruído de uma certa nostalgia
Isolo-te do mundo para que veja
Estilhaços dispersos magia...
Quero que veja, seja
transforme-se em poesia
pois o mundo a almeja
disfarçada melancolia
A objetiva subjetividade
Reflete tamanha amargura
Anulando-se tal enfermidade
Resta-me vertigem, tontura
Caio no chão,
volto à origem
Você me diz que não
pois odeia pessoas que fingem
Um porto talvez infinito
De angústia e arrependimento
Ressaca, gemidos, algo esquisito
Revela minha dor e tormento.
Carol Viana/Paulo Gomes
31/Agosto/07
o homem que agora tinha 27
Há 9 anos
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