Afogo-me nas fumaças
Os cigarros são incontáveis
Pensamentos intempestivos
As lembranças inexistem
Das horas já perdi a noção
Só vejo nuvens de fumaça
Num terreno baldio me encontro
A solidão me faz companhia
Não sei se é noite ou dia
Sei que existe um presente
Inexorável e doce solidão
Tenho ataques de vertigens
Meus pés já sentem a terra
Estou a me despir
Busco um contato íntimo com os cigarros
Quero a presença da metafísica nesse terreno baldio
Sou desperta por uma pedra ao chão cravada
Já meço a nossa imobilidade
Percebo fumaças além das minhas
Essas são coloridas!Vejo fogo-fátuo
Meu terreno não é meu e nem baldio
Encontro-me num cemitério
Sinto-me uma fraca!
Pois as fumaças não foram só minhas
Vejo que minha carteira chega ao fim
Manuseio a última bituca do velho cigarro
Com ela deixo minha assinatura na pedra...
...
eu não tenho nome e nem fumo!
27/Outubro/07
o homem que agora tinha 27
Há 9 anos
Um comentário:
carol, tô tão feia nessa foto!!! tenho gostado dela não, vc poderia tirar???
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