terça-feira, 5 de agosto de 2008

ExtrAÇÃO

Entro no meu casulo
Como quem sai de cena
Versos não mais me incitam
Poemas não vejo fluir

Momento eruptivo,
Introspectivo...
A conquista brilhava entre o devir peculiar
Não sei ao certo se tive um nome,ou um número talvez
Minhas certezas são dúvidas pulsantes

As lúcidas horas retiram da minha retina
O brilho com gosto de mel
O tempo programado são como tijolos
Construindo o castelo da minha infelicidade

Meu mundo é viver galopando nas praças,
Falando com flores e declamando pras árvores.
Me encantando com os versos da natureza proclamados
E com aquele mundo me aliando

Conversas gélidas me subtraem
Extraem...
Do meu ser razões desumanas
O racionalismo é como cimento, frio,
Que se endurece cada vez mais

Refugio-me numa mata verde
Onde razão não existe
Em que o luar pouse
Comigo criando uma aliança

Como não há verde mata
Cessa toda minha fuga
Fuga que denota o fluir do tempo
Sem que ele exista...
E resista,

A minha volta...

02/03/08

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